quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então é Natal !




















Em um lugar bem distante, sempre no Natal, existe um homem que reúne um monte de gente para realizar desejos. As pessoas o procuram já sabendo que voltarão para casa com seus presentes em mãos. Um carro, uma casa, uma bicicleta, ou então apenas dinheiro. Ninguém nunca saiu de lá sem que tivesse o pedido realizado.
Mas dessa vez foi diferente.
Uma menina muito humilde, com uma vida precária, pobre, sem estudo, sem conhecimento, resolveu, assim como todo mundo, recorrer ao 'homem dos milagres'. Ela via que todo aquele que ia até lá, conseguia o que queria, e por que com ela seria diferente?!
A esperança predominava em seu coração, o momento mais esperado de todos estava bem à sua frente. A menina esperava apenas o dia do Natal, que seria o seguinte.
O dia ansiado chegou, e ela, com toda sua alegria, foi ao encontro do homem. Chegando lá, percebeu que não havia ninguém, não havia pessoas.
- Ué, mas o que será que aconteceu? Hoje é Natal, era pro moço estar aqui...
E nessa mesma hora, um monte de coisas começou a passar em sua tão pequena mente.. Ela pensou que nada dava certo em sua vida, que nada contribuía para sua total felicidade. Na verdade, ela não tinha com quem ficar, não tinha sequer alguém para desejar um Feliz Natal. A esperança dela estava toda naquele homem, ele talvez a pudesse ajudar.
De repente, lá no final da rua, ela vê um homem vindo em sua direção com um olhar brilhante, um sorriso cheio de alegria. Ela pensou: Será que é ele o homem dos milagres?
Então, sem que ela pronunciasse uma palavra, aquele homem a tomou pelas mãos e disse: A partir de hoje, você tem sim uma família; a partir de hoje você tem sim com quem ficar; a partir de hoje você não mais está sozinha. Eu estou contigo. Eu sou contigo.
E depois, bem baixinho, ele falou em seu ouvido: Muitos só ouvem falar de mim, você agora me conhece. Meu nome é Jesus.
E, naquele dia, a menina pôde então entender o verdadeiro sentido do Natal.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

ARAGÃO, Luiza.




















Alguém que sente uma alegria gigante em viver; alguém que acorda, olha pro céu e admira o dia; alguém que ri de coisas bobas; alguém que se sente como uma criança ao ver um simples avião; alguém que adora chiclete; alguém que faz questão de ter os amigos por perto; alguém que pisca pra todo mundo; alguém que enche o saco quando cisma com alguma coisa; alguém que valoriza pequenas coisas; alguém que às vezes chora por bobeira; alguém que se faz de durona; alguém que quer sempre chamar a atenção; alguém que parece nunca estar ai pra nada; alguém que odeia estudar; alguém que fica entediada quando tem que ler um livro; alguém que vê um filme vinte vezes e não lembra se assistiu; alguém que sonha com o príncipe encantado; alguém que vive no telefone; alguém que vive planejando coisas que nunca faz; alguém que gosta de olhar nos olhos; alguém que tem mania de falar olhando pra boca; alguém que come mais que num sei o que; alguém que se alegra com os que se alegram; alguém que chora com os que choram; enfim, alguém que tenta fazer o possível pra ser alguém.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Num dia de chuva '




















Acordar e ver a chuva caindo, sentir o frio subindo pela pele, ouvir a batida forte das pequenas gotas que caem de maneira tão singular... Ah, os dias de chuva são os melhores ! Neles as pessoas pensam mais, falam menos. Dá vontade de fazer um monte de coisa, dá vontade de ler um livro, ouvir música, fazer uma sessão de cinema, namorar, ficar junto. Os melhores momentos, talvez, sejam eles nos dias de chuva. Sempre se programa uma praia, um passeio turístico ou sei lá o que, e CHOVE. Pronto, acabou tudo! NÃO! Começou tudo.
Tá chovendo, pensa! Tá chovendo, dorme! Tá chovendo, come! Tá chovendo, sei lá, vive!
Os dias frios trazem sempre ótimas lembranças. Lembrança de quando a gente era pequeno e tinha vontade de sair correndo pela rua, naquele frio absurdo, aquela chuva, só pra ter o orgulho de chegar para os amigos e falar: CARACA, tomei banho de chuva ontem, cara!
Lembrança de quando ia para a escola, olhava pra mãe e falava: Ah, mãe, mas tá chovendo ...
Lembrança de uns tempos até mais recentes, quando tinha alguém ali do lado que não deixava o frio tomar conta do corpo.
É, nos dias de chuva sempre há o que fazer, sempre há o que lembrar, o que inventar .
Ah, quão bom são os dias de chuva!

sábado, 29 de novembro de 2008

É o que eu vejo!


















Um mundo onde não há paz e sim guerra, onde a alegria não é a coisa mais bela de todas e o amor já não mais existe. Esse é o mundo em que vivo, é o mundo que todos parecem querer viver. Todo mundo prega a paz, diz não às guerras, deseja a felicidade e afirma amar de verdade. Não é isso que eu vejo, não é isso que eu consigo de fato enxergar. O que eu vejo é todo mundo vivendo numa crise interior, na qual nem mesmo nós, humanos, seres que pensam, somos capazes de entender. O que eu vejo são lares sendo destruídos por uma simples discussão. O que eu vejo são laços de amizade sendo quebrados por motivos tão banais. O que eu vejo são pessoas vivendo sozinhas, cada vez mais solitárias. O que eu vejo é um mundo caminhando para um lado cada vez mais crítico. O que eu vejo são pessoas que matam por prazer, pessoas que roubam por não terem o que fazer. O que eu vejo é uma autoridade que num tá nem aí pra ninguém. O que eu vejo são pessoas que juram fazer o bem, mas que, na verdade, nada mais fazem senão o mal. O que eu vejo é um mundo sem paz. O que eu vejo é uma realidade de guerras. O que eu vejo é a falta de alegria num sorriso. O que eu vejo é o amor sendo enterrado em um buraco cada vez mais fundo.

Agora me diz, pra que enxergar?

sábado, 22 de novembro de 2008

Ele e você = )

Ele chama por você; ele quer ver você; ele sente todas as alegrias possíveis quando há a possibilidade de estar com você. É, ele não se conforma com um monte de coisas; ele, na verdade, quer mesmo é que você suma daqui. Ele tem muitos sonhos, ele quer fazer o impossível; ele quer lutar e sempre sair ganhando. Ele se acha forte, mesmo que muito pequeno. Ele se acha o máximo, mesmo sendo muitas vezes inútil. Ele quer achar o caminho, mas vive andando nos lugares errados. Ele se exalta quando consegue o que quer, e fica chorando pelos cantos quando alguém o machuca de fato. É muito complicado. Ele quer sempre que alguém esteja ali ao seu lado, dando carinho, apoio, atenção. Ele só não entende por que as vezes é tão difícil encontrar o caminho certo, a pessoa certa, a hora certa.

Aaah, o nome dele é Coração.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

think about tomorrow















- É isso mesmo que você quer ?


- Ah, não sei ao certo; mas acho que assim é melhor.

- Mas e tudo que a gente viveu, todas as coisas boas, todos os momentos felizes ?

- Ah, isso fica guardado. Um dia, quem sabe, a gente não volta a esse tempo ...

- Mas eu te amo taaaanto !

- Talvez você pense que me ame, nunca se sabe quando um amor é de fato verdadeiro.

- NÃO. Eu sei que o que eu sinto é verdadeiro.

- Enfim, não dá mais, tente entender.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

É chegada a hora

Cansei de ficar esperando do lado de dentro da porta.
Cansei de estar ao seu lado e não ser o seu lado.
Cansei de ouvir um monte de coisas que não nos levam a nada.
Cansei de saber que você não é inteiramente meu.
Cansei de olhar pra você e ouvir você falar de outra.
Cansei de me fazer de engraçada nos momentos em que nem eu mesma achava graça.
Cansei de ficar imaginando o impossível pelos cantos.
Cansei de querer ser alguém que eu não sou.
Cansei de ouvir seu nome.
Cansei também de pronunciá-lo.
Cansei de ter você na mente todo o dia.
Cansei, cansei, cansei.
Cansei de querer ter você.
Cansei de tentar ser você.
Cansei de imaginar meu mundo só com você.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tive medo...














Tive medo.
Ontem pensei em pegar minhas coisas, arrumar a mala, fechar a porta, sair sem rumo.
Tudo muito claro, tudo muito escuro. Eram todas as certezas se fundindo e transformando-se, contraditoriamente, em incertezas.
Sim, não. Por que, aonde.
A escuridão tomava conta dos pensamentos mais claros; a esperança de dar tudo certo existia, claro. Na verdade, as vontades estavam à flor-da-pele, tudo muito fora do comum; alguns passos dados e umas atitudes inconseqüentes.
Tudo muito claro, tudo muito escuro. A noite já caminhava para o dia; a luz com certeza viria. Ou não.
Depois de tanta dúvida, chego à conclusão de que a incerteza é também uma convicção, convicção de que nada se sabe.
E é sempre assim. E continuei assim. Talvez, não sei, quem sabe.